Tenho a sensação de ter chegado. Mas onde? Precisamente onde lutei a vida inteira para não ir. Vivo o esgotamento irreversível do eu que fui e daquilo que me era confiável. Sinto que a consciência que me dá a continuidade na qual eu me reconheço se perdeu - naqueles seis segundos em que me desconcentrei. Eu me descontinuei e agora vejo a nulidade do meu esforço na tentativa de recuperar aquilo que em si é irrecuperável.
Sim, acabou. No entanto, sei que toda conclusão só significa fim em relação ao que era antes. Parece que despertei de um transe e só agora descobri que tinha entrado neste estado deliberadamente. Estou perplexa. Como me desprender do que fui para continuar a ser, se estou imersa na nostalgia do meu sentido perdido?
É que não sou suficientemente segura para ensaiar novas configurações de mim. Ou talvez dar ensejo a novas possibilidades significaria supor um eu transfigurado. E, se assim fosse, eu teria que sustentar uma outra conclusão cujas determinações me escapam.
...sem freqüentar o novo, estarei sempre diante de minha interpretação inicial...
Sim, acabou. No entanto, sei que toda conclusão só significa fim em relação ao que era antes. Parece que despertei de um transe e só agora descobri que tinha entrado neste estado deliberadamente. Estou perplexa. Como me desprender do que fui para continuar a ser, se estou imersa na nostalgia do meu sentido perdido?
É que não sou suficientemente segura para ensaiar novas configurações de mim. Ou talvez dar ensejo a novas possibilidades significaria supor um eu transfigurado. E, se assim fosse, eu teria que sustentar uma outra conclusão cujas determinações me escapam.
...sem freqüentar o novo, estarei sempre diante de minha interpretação inicial...